Suzana Lisboa nasceu em Porto Alegre e iniciou sua militância política no movimento estudantil secundarista, integrando a União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas (UGES), no colégio Estadual Júlio de Castilho. Do movimento estudantil migrou para a Ação Libertadora Nacional (ALN), tendo passado antes pelo Partido Operário Comunista (POC), uma dissidência do Partido Comunista Brasileiro (PCB); Política Operária (POLOP). Casada com Luiz Eurico Tejera Lisbôa, também militante da ALN, entraram na clandestinidade na década de 1970. Passaram pelo Uruguai e, na sequência, seguiram para Cuba, onde fizeram treinamento de guerrilha, retornando ao Brasil em 1971. Em 1972, Luiz Eurico desaparece em São Paulo. Em junho de 1973 a militante foi morar no Rio de Janeiro, adotando uma identidade falsa. Em 1979 conseguiu uma pista sobre o paradeiro do marido. O corpo de Luiz Eurico foi encontrado em uma sepultura individual no cemitério de Perus, em São Paulo, sob o nome falso de Nelson Bueno. Em 1982, Suzana recebe do legista do Instituto Médico Legal, Harry Shibata, os ossos de Luiz Eurico. Em Porto Alegre foi realizado um ato na Assembleia Legislativa, e as ossadas, enterradas no cemitério.